sábado, 1 de setembro de 2012

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Todo ser humano deve estar sempre atento quanto ao seu desempenho perante o trabalho que lhe é proposto. Todos nós gostamos de garantir uma auto-imagem positiva, de ver elevado e satisfeito o nosso “eu”. Na vida, sempre somos avaliados tanto por superiores hierárquicos quanto por subordinados.
Nem sempre, porém o desenho que fazemos de nós mesmos corresponde ao modo como os outros nos vêem. Nesse momento é como se alguém quebrasse o nosso “espelho mágico”.
Com certeza, o que mais dói na alma é sermos avaliados por pessoas incompetentes e sem escrúpulos que, de uma forma desonesta, nos levam a uma posição que não merecemos.
Veja algumas coisas que podem ocorrer quando esse desastre acontece:
- ficamos agressivos e nos “fechamos em copas”;
- procuramos chamar a atenção mostrando que somos diferentes dos demais: discutimos, esnobamos, menosprezamos coisas ou pessoas;
- desistimos da luta, desacreditamos da nossa capacidade de progredir, perdemos a autoconfiança;
- passamos a nos supervalorizar e não vemos os nossos defeitos. Só enfatizamos as nossas qualidades;
- finalmente, no auge do nosso descontentamento, começamos a procurar um “bode expiatório” para tudo.
Por outro lado veja o que pode ocorrer quando alguém dá brilho no nosso “espelho”, elogiando e respeitando o nosso trabalho:
- aperfeiçoamos as nossas tarefas e procuramos produzir acima do que nos é solicitado;
- nossa criatividade cresce e apresentamos sugestões novas;
- ficamos mais capazes de trabalhar em equipe e em esquema de cooperação;
- aceitamos criticas e procuramos corrigir as nossas falhas;
- crescemos em autoconfiança e temos mais estimulo para o trabalho;
- somos capazes de dialogar abertamente, face a face, com nossos superiores, iguais ou subordinados.
Lembre-se, porém tudo isso tem um preço. Ninguém limpa um “espelho quebrado”. É preciso merecer o reforço. O elogio gratuito tem sempre um efeito muito negativo, tanto para quem o emprega como para quem o recebe.
Isso acontece em todos os níveis.
Normalmente, somos avaliados em:
- Qualidade do trabalho;
- Quantidade do trabalho;
- Relacionamento;
- Personalidade;
- Iniciativa;
- Desenvolvimento profissional;
- Liderança e
- Capacidade de julgamento.
A subjetividade na avaliação de alguém nos leva, com certeza, a cometer erros, para mais ou para menos, o que não é aconselhável em nenhum dos casos.
Em meu livro EDUCAR... Um ato de amor, apresentei o trabalho que torna a avaliação mais objetiva. Por exemplo:
Qualidade do trabalho.
Esse item foi subdividido em:
- Conhecimento do trabalho;
- Ordem e desempenho e
- Capacidade de racionalização.
Para avaliar o Conhecimento do Trabalho apresentei os seguintes níveis:
a)     Revela pouco conhecimento do trabalho, apresentando deficiência no desempenho de suas tarefas.
b)    Revela algum conhecimento do seu trabalho, apresentando pouca eficiência no desempenho de suas tarefas.
c)     Revela um conhecimento razoável do seu trabalho, apresentando um grau aceitável de eficiência no desempenho de suas tarefas.
d)    Revela bom conhecimento do seu trabalho, apresentando eficiência no desempenho de suas tarefas.
e)     Revela ótimo conhecimento do seu trabalho, apresentando um conhecimento muito eficiente no desempenho de suas tarefas.
E, assim fizemos para todos os itens.
Configuramos este teste de avaliação procurando levar: do pouco para o algum; do algum para o normal; do normal para o bom e do bom para o ótimo.
Este trabalho foi feito para a avaliação dos subordinados. Entretanto, encontramos o seu maior valor quando passamos a pedir que eles, de posse do caderno de teste, realizassem a sua auto avaliação e entregassem ao seu chefe imediato para que os avaliassem. Após as duas avaliações, os cadernos eram entregues à direção para uma avaliação final com base nas avaliações anteriores.
Passamos a observar que, com o conhecimento dos itens em que seriam avaliados, os funcionários procuravam melhorar o seu desempenho.
Gostaria muito que conhecessem o caderno completo de testes para melhorar o seu trabalho de avaliação.
(do livro: Educar... Um ato de amor. Editora Mundomirim)

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