Prof. Darbí José Alexandre
Observando os dados estatísticos que são publicados, quase que diariamente, pelos institutos de pesquisas ficamos preocupados com o número de eleitores que deverão votar em branco ou anular seu voto.
Como é possível que tantas pessoas, não estejam preocupadas com os destinos da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país?
O mundo está repleto de resignados de conformados, de fatalistas. Resignação, conformismo e fatalismo são doenças que atacam os corações e os convence a não mais lutar, a não mais colaborar, a não mais esperar, mas a se recolherem em “tocas” aguardando o desfecho da história e o fim do mundo, porque, dizem eles, a injustiça é tão grande e o poder do mal tão ofensivo que de nada vale se incomodar e reagir.
E, hoje, a epidemia do conformismo e da resignação está pairando sobre nós. Pensamos ser improvável consertar a situação.
É que o resignado não passa de alguém totalmente desprovido de fé. Pensa que ela é arma insignificante demais para desestabilizar o mal.
Assim, podemos concluir que o verdadeiro inimigo da sociedade não é o violento, o terrorista, e sim ele, o resignado.
Será que esses nossos irmãos sabem o que é política e qual a sua importância para nós?
Política é a ciência do governo dos povos, é a arte de dirigir as relações entre os estados. Assim sendo, não podemos entender a política como uma coisa cheia de discursos, promessas de eleições e muita sujeira.
Todos nós precisamos saber que é pela política que um povo pode alcançar a riqueza ou permanecer na pobreza, melhorar a educação ou ter a falta dela enfim, ser feliz ou infeliz.
É evidente que temos a liberdade de nos preocuparmos ou não com a política e os nossos políticos, mas será que temos a consciência das conseqüências que essa passividade pode ocasionar?
Muitos afirmam que os políticos são pessoas de mau caráter, mentirosas e enganadoras. Pessoas deste tipo não são políticos e sim politiqueiros isto é, empregam processos menos corretos de fazer política. O que fazem na verdade é politicagem que é a política mesquinha e de interesses pessoais. É a súcia dos políticos desavergonhados.
O verdadeiro político é aquele que trabalha para a comunidade, que se preocupa com os negócios públicos acima dos seus interesses pessoais. Pensando bem, podemos afirmar que muitos dos grandes homens que admiramos foram políticos ou são admiráveis, justamente, pelas conseqüências políticas dos seus atos.
Os grandes homens sempre têm uma atividade política estejam eles pensando nisso ou não.
Como podemos nos transformar em “caramujos” vivendo, resignados, enclausurados sem nos preocuparmos com a nossa sociedade?
Quando acreditamos que a política está entregue a politiqueiros, grande parte da culpa cabe a nós, “pessoas boas”, que não queremos nos envolver com a política.
Poucas coisas são mais nobres do que a dedicação à coletividade, principalmente quando essa dedicação não tem interesses pessoais ou mesquinhos, mas ideais que têm como objetivo o bem estar público.
Quando muitos acham que os políticos são, em sua maioria, incompetentes e pouco dignos de confiança devemos verificar se essa opinião não se estende aos outros setores da sociedade como, por exemplo: banqueiros, médicos, professores, advogados, comerciantes, metalúrgicos, policiais e outros, pois aquilo que costumamos chamar de “classe política” nada mais é do que um grupo de pessoas surgidas da nossa própria sociedade.
É nesta época de eleições que podemos analisar os candidatos e separar os políticos, dos politiqueiros.
A classe política não é formada por gente muito diferente de nós. Por isso, quando consideramos os políticos ruins, por conseqüência consideramos todos nós, coletivamente ruins. E se não fazemos nada quanto a isso estamos sendo politiqueiros isto é, contribuindo para que uma situação política indesejável continue como está.
Por outro lado se fizermos alguma coisa para melhorar a situação estaremos sendo políticos, pois a política é a única via de ação possível.
Pensem bem: não votem em branco, não anulem o voto. Analisem os candidatos e escolham os melhores.
( DO LIVRO: A ARTE DE ENSINAR E APRENDER)
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