Darbi José
Certa vez fui consultado por um importante empresário que queria entender porque um grande número de jovens procurava esconder-se nas drogas, no álcool e em outros artifícios.
Muitas pessoas poderão apresentar diversas explicações. Porém, o mais simples de se entender é que esses jovens procuram refúgio nesses artifícios porque não visualizam bons horizontes para suas vidas. Ex. falta de emprego, poucas possibilidades de realização pessoal e outras.
Poucos “amontoam” grandes fortunas, esquecendo-se de que o sol nasceu para todos. Muitos postos de trabalho estão se fechando com o advento das novas tecnologias. O sistema de ensino continua o mesmo. Os grandes responsáveis pela formação dos nossos jovens não estão se atualizando. Onde trabalhar?
O jovem percebe a grande dificuldade que terá depois de formado para encontrar um “canto” para a sua realização pessoal e para dar a sua contribuição para a sociedade que o ajudou a se formar. Só para exemplificar: lembro-me de uma frase dita por um jovem engenheiro formado pela FEI – Faculdade de Engenharia Industrial – quando lhe perguntei após a sua formatura, como ele estava indo em sua vida profissional. E, ele desempregado, respondeu-me: “Antes da minha formatura eu era uma esperança para o meu país e agora, depois de formado eu sou mais um problema social”.
Sem dúvida alguma toda sociedade tem responsabilidade sobre os problemas que estamos passando para nossas crianças e jovens. Governo e Comunidade deverão encontrar o melhor caminho a ser trilhado.
Nós, profissionais da Educação não poderemos permanecer inertes na procura da solução deste grande problema que assola o nosso país. Devemos, desde os primeiros passos na Escola, preocupar-nos com a formação integral dos nossos alunos. A escola não pode se preocupar somente com a formação do “técnico”. Ela deve dedicar toda a sua atenção na formação do seu aluno para a vida. O homem bem preparado para a vida, com certeza, se tornará num profissional bem formado.
Assim sendo, a Escola deve preocupar-se, além de fornecer informações para a formação do profissional de amanhã, em dedicar parte do seu trabalho para preparar o seu aluno para a vida. Nesse sentido, as atividades devem ser realizadas para conduzir o aluno a entender o próprio sentido da vida. Por exemplo: Palestras, peças teatrais, atividades livres, visitas a museus, parques, bibliotecas públicas, participação na solução de problemas da comunidade em que os alunos e a escola estão inseridos e outras que poderão ser preparadas de acordo com as necessidades e possibilidades.
Dessa maneira poderão refletir sobre o verdadeiro sentido de nossa existência na Terra valorizando mais o ser do que o ter.
( do livro: EDUCAR... UM ATO DE AMOR )
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